Quando iniciei a mentoria em autoimagem, eu sabia que estava prestes a guiar um grupo de pessoas em uma jornada profunda, mas o que se revelou nos três meses seguintes foi muito mais do que esperava. Não foi apenas uma mentoria. Foi um processo de transformação pessoal, tanto para os participantes quanto para mim, que me vi, mais uma vez, atravessando as camadas de mim mesma, refletidas em cada história e descoberta.
A cada encontro, percebi que muitas chegaram sem entender muito bem o que seria esse processo. Havia dúvidas, receios, mas acima de tudo, uma enorme determinação de que algo as transformaria. E foi exatamente isso que aconteceu. Ao longo das semanas, cada participante começou a desconstruir velhas narrativas sobre si mesma e a reconstruir uma nova relação com a própria imagem.
Utilizando o método CorpoMemória, convidei todas a explorar suas histórias e emoções por meio da fotografia terapêutica. Cada exercício, cada foto, foi uma peça importante nesse quebra-cabeça emocional. E, ao final de cada encontro, era possível sentir o peso das antigas autocríticas se dissolvendo, dando espaço para uma nova perspectiva, mais acolhedora e verdadeira.
O ponto alto desse processo foi o Mapa Imagem-Sentido, uma compilação de todas as fotos realizadas ao longo da mentoria. Esse mapa visual e emocional foi o fechamento perfeito dessa jornada, pois reuniu, de forma simbólica, tudo aquilo que foi vivido e transformado ao longo dos três meses. Ver essas imagens reunidas é como assistir ao reflexo da transformação de cada uma. Elas não estavam apenas tirando fotos; estavam revelando suas histórias, suas verdades, seus sentimentos mais profundos.
E disso, surgiu algo novo: uma publicação online que estou desenvolvendo, reunindo esse material tão poderoso. A ideia é compartilhar, com o mundo, a força dessas histórias de transformação, mostrando que a autoimagem vai muito além daquilo que vemos no espelho – ela é uma construção de quem somos.
Ao final dessa jornada, o que mais me tocou foi ver como as questões iniciais de autoimagem tinham se transformado em algo mais profundo: uma aceitação genuína, uma conexão renovada com suas histórias de vida e uma confiança restaurada. O que começou com um grupo buscando respostas sem perguntas específicas, terminou com um vínculo que encontrou algo muito maior: um novo jeito de se ver, sentir e se posicionar no mundo.
Agora, ao olhar para trás, sinto uma enorme gratidão por ter testemunhado essas mudanças. E estou certa em compartilhar, através dessa nova publicação, a jornada dessas mulheres incríveis que ousaram olhar para dentro e transformar suas próprias narrativas.
Fernanda Preto
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